"Existem portas no universo, ligando o além ao nosso mundo. Quando elas se abrem, a ficção passa à se tornar realidade!"
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Após os inúmeros fatos assombrosos que ocorreram na casa onde morávamos anteriormente, descritos no relato A Casa do Mal II, nos mudamos para uma outra casa, a qual era maior do que a primeira e em um bairro também melhor do que o anterior.
A casa era boa e grande.
Eu tinha um quarto só para mim, meu irmão o dele e meus pais o deles. Havia sobrado um pouco mais de espaço, pois minha irmã havia se casado e não morava mais conosco.
No começo tudo corria de forma normal, sem acontecimentos fora da rotina, sendo que levávamos nossa vida normalmente.
Em certo dia, ganhei um cachorro, aquele salsicha (Basset).
Fiquei muito apegada com ele, e passou a fazer parte de nossa família. Mas algum tempo depois ele ficou doente e acabou morrendo.
Eu na verdade não sabia disso, pois meu Pai havia me dito que o cachorro havia fugido, com o objetivo de evitar que eu ficasse sofrendo se soubesse a verdade.
Passados alguns dias, eu estava varrendo uim corredor bem grande que havia na casa, o qual ia da sala até o quarto da minha mãe, e eu estava varrendo na saída do meu quarto quando vi meu cãozinho passando pelo corredor.
Então corri para o corredor e vi ele seguindo pelo corredor adentro até o quarto dos meu Pais.
Morri de felicidade achando que meu cachorro havia voltado, pois eu não sabia que ele havia morrido.
Corri atrás dele e cheguei no quarto da minha mãe onde fiquei porcurando por ele. Afinal ele havia entrado naquele cômodo.
Mas procuro aqui e ali, e nada. Cadê o cachorro?
Nada... nem sinal dele. Achei super estranho aquilo e não sabia explicar o que havia acontecido.
Em um outro dia, eu havia faltado à aula e estava dormindo até mais tarde. Eu sempre ficava sozinha durante o dia em casa.
De repente acordei com um barulho como se alguém estivesse andando no forro de casa.
O barulho não passava de jeito nenhum e eu fiquei super assustada, pois estava sozinha.
Eu achava que tinha alguém andando no forro de casa e estava bem em cima do meu quarto.
Como eu estava morrendo de medo, fiquei lá quietinha esperando passar. Foi quando a campainha tocou.
Quando fui olhar, vi que era minha vizinha da frente me dizendo que tinha um homem em cima da casa.
Nesse momento liguei para minha mãe que me mandou chamar a polícia.
Então telefonei para a central policial, sendo que a Delegacia era perto de casa.
Em menos de 1 minuto estavam lá várias viaturas da polícia.
"Afinal era um cara em cima da casa onde havia uma criança sozinha."
Os policiais reviraram minha casa, a casa dos vizinhos, e nada!
Não acharam nenhuma telha fora do lugar sequer, e disseram ser impossível alguém estar andando lá e não ter nada fora do lugar.
Como não encontraram nada, hoje acredito que aquilo poderiater sido um espírito espírito que estava vagando porali, pois essa minha vizinha era espírita, e ela dizia que via espíritos.
O que também sempre acontecia por lá, era que eu sempre escutava passos no corredor de casa.
Parecia que havia alguém andando porali, mas quando ia olhar, não via ninguém.
Minha mãe e meu Pai nunca viram nada e não acreditavam em mim quando contava o que eu escutava. Então eu parei de contar os fatos estranhos que eu presenciava, ficando como medo só para mim.
E foi assim até o dia que eles presenciaram algo assustador.
Eu tinha um duende, e dava várias coisas para ele: Maçãs, bombons, etc...
Certo dia meu Pai estava brincando com minha sobrinha de matar o bicho papão. Na brincadeira, ele ia até meu quarto e jogava um chinelo e dizia a ela "vamos matar o bicho papão" e fechava a porta do meu quarto.
Depois ele ia até o quarto do meu irmão e fazia a mesma coisa.
Depois de feito ele voltava para buscar os chinelos nos quartos porque ele dizia que assim tinha matado o bicho papão.
Quando ele abriu a porta do quarto do meu irmão para pegar o chinelo, ele não estava mais lá.
Ele estranhou e foi ao meu quarto, e se espantou vendo que os dois chinelos estavam lá, arrumadinhos em frente ao meu altar do duende.
Quando cheguei do serviço meu Pai me contou o que havia acontecido e mandou eu dar um fim no duende.
Depois desse dia ele passou a acreditar em mim quando eu contava as coisas estranhas que presenciava na casa.
Lá sumia tudo, e as coisas iam parar em vários lugares diferentes, até em cima do guarda-roupas.
Meu Pai, depois de ter passado por aquela experiência, achava que tudo isso era culpa do duende.
Um certo dia minha mãe me chamou para conversar, porque ela começou a ouvir barulhos e sentir alguém se deitando com ela todas as noites, sendo que meu Pai estava viajando e ficou 3 meses fora.
Ela me disse que todas as noites sentia alguém deitando do lado dela, e até escutava a respiração.
Depois meu irmão se envolveu com drogas, meu Pai começou a beber cada dia mais. Nossa vida estava virando um inferno e nossa casa parecia estar possuída por algum espírito malígno, pois todas as noites e dias aconteciam coisas ruins por lá.
Ficou tudo tão ruim que minha mãe resolveu chamar um padre para benzer nossa casa.
Ele foi até lá, benzeu mas nos disse para sair dali, pois segundo ele, a casa era muito carregada e ele não tinha poder para tirar todo o mal dali, e que a benção que ele fez duraria pouco tempo e os espíritos voltarima com mais forças e nos atacariam.
Depois de tudo isso, minha mãe entregou a casa e nos mudamos novamente.
Algum tempo depois ela descobriu que naquela casa as pessoas que viveram ali também mexiam com espiritos, justificando os acontecimentos presenciados por todos nós.
Procuramos então um centro de umbanda para sabermos o que se passava e descobrimos que os espíritos estavam nos seguindo de casa em casa, e que não adiantaria que nós mudássemos, pois eles iriam juntos conosco, perturbando nossas vidas, e eles só dariam paz quando a familia se separasse, e isso logo acabou acontecendo.
Eu vim para São Paulo morar sozinha e meus pais ficaram no interior.
Eles continuaram vendo e escutando coisas por lá, mesmo na outra casa em que estavam morando.
Até pouco tempo atrás minha mãe me contou que ela ainda viu um vulto por lá.
Eu, pensando que estaria livre morando longe, me enganei, pois pelo que percebi eles acabaram me seguiram até minha nova moradia, me assombrando ainda por um bom tempo. Posteriormente contarei o que aconteceu em meu "Novo Apartamento".
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Fernanda Alves - São Paulo - SP - Brasil
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